A ministra do Meio Ambiente do Zimbábue, Oppah Muchinguri, disse nesta sexta-feira (31/7) que o dentista americano, Walter James Palmer, 55 anos, que matou o leão Cecil, deve ser ser extraditado e julgado no país africano. ”Quase 500 mil pessoas estão pedindo a extradição de Palmer e isso tem que ter apoio (das autoridades). Nós queremos que ele seja julgado no Zimbábue porque ele violou nossas leis”, disse a ministra. Ainda segundo a ministra, o uso de um arco e flecha para matar o animal, que foi atraído com uma isca para fora do Parque Nacional de Hwange para ser morto por Palmer, violou a regulamentação da caça do Zimbábue. Palmer confessou que pagou 50 mil dólares (cerca de R$ 170 mil) para matar o leão Cecil, ícone do parque de Hwange, no Zimbábue. Ele se defendeu dizendo que não sabia que o animal tinha um localizador e era o ”preferido” do parque. O caçador disse ainda que para empreender sua caça com arco, usou os serviços de “vários guias profissionais” que teriam “todas as licenças adequadas”. Na quarta-feira (29) Honest Ndlovu, dono de um parque particular de caça, e o caçador local Theo Bronkhorst, que receberam dinheiro do americano, foram ouvidos por um tribunal, sob acusação de caça ilegal. Caso sejam condenados, eles podem pegar até 15 anos de prisão. Cecil tinha 13 anos e era um dos leões mais conhecidos da África, além de ser o símbolo do principal parque do Zimbábue, o Hwange. A morte do leão aconteceu na última segunda-feira (27).