Em meio ao clima de indecisão, sobre realização ou não do São João, vereadores de Jaguaquara seguem discutindo na Câmara os festejos juninos. Na sessão ordinária desta sexta-feira (15/5/), os edis Edmilson Barbosa –Dema (PTB) e Francisnei Santos – Nei Cabeludo (PP) se gladiaram na tribuna da Casa e o São João foi o assunto que permeou as discussões. O oposicionista Edmilson lembrou a fracassada reunião ocorrida no Rotary Club, na quinta-feira (14), quando apenas um comerciante dos mais de cem convocados compareceu para discutir propostas de viabilização de realização da festa com o prefeito Giuliano Martinelli (PP) e membros da Câmara de Dirigentes Lojistas –CDL. O parlamentar disse que o não comparecimento dos comerciantes revela o descrédito da classe com o prefeito e afirmou que, a Prefeitura, que segundo Dema não está em crise, recebeu cerca de R$ 32 milhões nos quatro primeiros meses de 2015, deveria ter se programado para fazer a festa. ”Num comércio grande como o de Jaguaquara, e os comerciantes não irem a reunião, isso demonstra que o prefeito está sem credibilidade. A prefeitura recebeu mais de trinta milhões, diminuiu o número de servidores contratados, a economia é de cem mil por mês e poderia muito bem gastar setecentos mil para fazer o São João”. O petebista ainda apimentou, fazendo afirmação de que São João bom era na época dos ex-prefeitos Mirinho e Osvaldo Cruz.
O governista Francisnei rebateu Dema ao destacar que a gestão do prefeito Giuliano estar indo bem e que, o chefe do Executivo, não pode tomar atitude irresponsável de realizar festa e deixar os funcionários públicos sem receber salários. Francisnei fez comparativo de Jaguaquara com Jequié, ao falar sobre os festejos juninos e disse que não é só o São João de Jaguaquara que está pendente de realização. ”O prefeito Giuliano tem responsabilidade, e não pode deixar de pagar o professor, o gari para gastar numa festa”. O governista alfinetou, tendo reconhecido que, em outras gestões, a festa de São João era realmente de destaque, mas que as dívidas ficaram para o município. Apesar das severas críticas aplicadas ao poder público pela indefinição quanto a realização ou não do São João, o prefeito Giuliano em entrevista durante esta semana garantiu, que a Prefeitura fará uma festa modesta, com três dias de duração, priorizando a contratação de bandas locais e regionais, sob alegação de dificuldades financeiras, segundo o alcaide, enfrentadas pelo município, mas o evento ainda não foi anunciado de forma oficial, faltando pouco mais de um mês para a data de início.