O prefeito de Itaberaba, João Filho Mascarenhas do PP é acusado de desviar R$ 1 milhão por mês. O Repórter Secreto do Fantástico foi até lá investigar. A história começa com a denúncia de um ex-secretário da prefeitura, que foi ameaçado por bandidos dentro da própria casa. Três meses atrás, um homem foi denunciar uma prefeitura no Ministério Público. Precavido, ele tem câmeras de segurança na porta de casa e elas mostram o que aconteceu no dia 15 de janeiro depois que ele saiu para falar com os promotores. Na esquina, onde mora o homem que fez a denúncia, param um carro cinza e depois um vermelho. Do carro cinza, sai um homem. O carro vermelho manobra e entra na rua. O indivíduo olha pro carro vermelho e faz um sinal com a mão.
”Olha ele apontando a casa aqui”, diz o homem que teve a casa invadida ao ver as imagens das câmeras de segurança. O dono da casa ameaçada se chama Alberto Magno e é ex-secretário de Administração de Itaberaba, no interior da Bahia. Ele rompeu com o prefeito e está botando a boca no trombone. Os marginais chegam à casa dele, enquanto Alberto está no Ministério Público. O Alberto combinou com os promotores dia e hora para apresentar documentos guardados na casa dele, que comprovariam um grande esquema de corrupção na prefeitura. Segundo o ex-secretário, o desvio é de R$ 1 milhão por mês. Por isso, o Repórter Secreto do Fantástico, Eduardo Faustini, foi à Itaberaba para perguntar: ”Cadê o dinheiro que tava aqui?’
Em outro momento da gravação, o carro vermelho e o homem do início dessa história se foram. Mas chegam outros dois homens, um deles com capacete de motoqueiro. “Ele não veio de moto, botou o capacete só pra esconder o rosto. Toda hora ele levanta o capacete, o capacete estava incomodando, e dentro de casa ele levantou também”, descreve Alberto Magno. Os homens se aproximam da casa. “Essa é a chegada dos marginais na porta, chamam minha esposa”, ele continua a explicar as imagens. Assim que a mulher do Alberto abre portão da casa, a dupla força a entrada e o sujeito do capacete mete a mão na cintura, em um sinal claro de que está armado. “Já veio ele sacando a arma, o outro saca a arma também dentro de casa. Todos os dois estavam armados”, conta o ex-secretário. Além de dona Cleidinéia, mulher de Alberto, estão em casa a mãe dele e a filha do casal, que tem 9 anos. A filha tenta correr para o quarto, mas um dos marginais aponta a arma para ela. Apavorada, a menina para. Os bandidos então perguntam onde estão os documentos. “Estão no quarto”, diz dona Cleidinéia de Souza cruz, dona de casa. ”Aí eles vieram, eles abriram aqui, pegaram os documentos, que estavam todos aqui. Hoje eu coloquei os sapatos, algumas coisas. Saiu com a mão cheia de documentos, e saiu correndo. Abriram o portão e saíram”, descreve Cleidinéia. Continue lendo