A ministra de Estado de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, em entrevista à Rádio Metrópole de Salvador nesta segunda-feira (9), defendeu o Bolsa Família, programa do governo federal de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. “O povo precisa viajar mais para o Brasil, para o Nordeste. Conhecer as mudanças que acontece no Nordeste brasileiro. Primeira coisa: falam que as mães estão tendo mais filhos para ganhar mais Bolsa Família. É um absurdo! A taxa de fecundidade caiu muito entre as mulheres pobres. Isso é somente preconceito. Segunda coisa: falam que pobre não trabalha. Não é! Ele não tinha oportunidade para melhorar de vida. Não é porque é preguiçoso. Queremos crianças nas escolas“, disse. A ministra continuou a defender o programa. De acordo com ela, seria mais vantajoso trabalhar para ganhar um salário mínimo do que ganhar Bolsa Família. “Vamos raciocinar um pouco: alguém deixaria de ganhar salário mínimo, ter uma carteira assinada, rede de proteção, para ganhar 108 reais por mês? As pessoas são sem noção! É um valor pequeno, modesto“, afirmou. Tereza apontou também que a Bahia é a que mais recebe Bolsa Família do Brasil, com 1,8 milhão de famílias beneficiadas. Em seguida, São Paulo. “Tem muita gente pobre em São Paulo, mas é um puro preconceito contra o Nordeste brasileiro“, completou a ministra.