“É mais do que uma surpresa” a escolha da presidente Dilma Rousseff por Aldemir Bendine, do Banco do Brasil, para assumir a presidência da Petrobras no lugar de Graça Foster, afirma Breno Altman, do portal Opera Mundi. “O atual chefe do BB representa linha de resistência diante da escalada de forças privatistas para tomar de assalto a estatal do petróleo”, opina ele. “Muitos apostaram que Dilma bateria novamente a mão no tatame, entregando mais uma trincheira estratégica do Estado para operadores do capital, no afã de relaxar o crescente cerco sobre o governo. Quem assim o previu, agora morde a língua. Incluindo o modesto signatário desse blog”, escreve o jornalista, que classifica a nomeação como uma “resposta ousada” do governo. Leia um trecho de seu artigo:Apesar de não ser quadro do PT ou da esquerda, com carreira inteiramente construída no Banco do Brasil, é aliado inquestionável do processo de mudanças iniciado em 2003. Ainda que não sejam conhecidas publicamente suas posições sobre regime de partilha e política de conteúdo nacional, por exemplo, seria difícil imaginar que venha a ser capturado por interesses de grupos privatistas. Além do mais, conhece bastante bem a empresa que irá assumir e apresenta inegável expertise no tratamento de imbróglios financeiros, como é o caso. Ele ressalta que “sindicatos dos bancários reclamam de sua mão de ferro em embates e negociações salariais, mas é obrigatório reconhecer que os laços de lealdade e identidade de Bendine se entrelaçam com o campo progressista”. Este é o motivo, diz Altman, de “as ações da Petrobrás despencaram após a divulgação de seu nome como presidente da empresa”, como acontece nesta sexta-feira 6. Leia na íntegra