A cidade de Lajedinho, na Chapada Diamantina, ainda se recompõe da tromba d`água que atingiu o município em 7 dezembro de 2013. A maior tragédia da história do município, que comoveu o país, deixou 17 mortos e 600 desabrigados – mais de 15% dos quase quatro mil habitantes, segundo o último censo do IBGE. Para tentar reconstruir do que sobrou, o prefeito Antonio Mário Lima Silva (PR), eleito em consenso de moradores, espera a liberação de recursos para alargar o canal que corta a cidade e reerguer os prédios públicos. No dia fatídico, choveu em duas horas 120 milímetros, volume previsto para três meses, e a vala não suportou. Junto com a obra do canal, que contará com um projeto de urbanização moderno, a outra frente é a entrega de moradias. “As obra já foram aprovadas pelo Ministério das Cidades e agora estamos aguardando a liberação“, disse Antonio Mário Silva em entrevista ao Bahia Notícias. Entre as repartições públicas condenadas pela Defesa Civil, estão a prefeitura, o Centro de Referência Social e a única escola estadual de Lajedinho. O compromisso mais urgente da administração é entregar, ainda em abril próximo, 231 residências para famílias prejudicadas com o desastre, 167 que ficaram sem teto e 64 que residem em locais ameaçados. O montante para construção das casas é de R$ 13,2 milhões, a verba para o canal está orçada em R$ 12,6 milhões, e a reforma dos prédios públicos vai consumir R$ 4,2 milhões. A população tenta seguir em frente, como diz o prefeito. “Ainda tem pessoas morando de aluguel, na casa de parentes, mas a cidade voltou à normalidade“, conta o gestor que mora também de aluguel. Bahia Notícias