Com investimento de R$ 3,7 milhões, o empreendimento executado pela Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), vinculada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), beneficia as comunidades de Nova Itaípe, Caboclo, Lajedinho e Santo André. “Estamos suprindo uma necessidade básica. Eu digo sempre: água é saúde. Com água tratada, a população tem a saúde preservada. Portanto, [o sistema] melhora a qualidade de vida na região. Esse é um empreendimento que tenho o maior prazer de ter ajudado a construir ainda como secretário da Casa Civil e hoje estou inaugurando como governador. É um sistema simples, mas de uma importância extraordinária para quase duas mil pessoas”, enfatizou o governador Rui Costa, que visitou o empreendimento instalado em Nova Itaípe, distrito de Planaltino. A água do sistema é captada de uma estação flutuante na Lagoa da Fazenda Veneza e levada por uma adutora com extensão total de 24 quilômetros. Além disso, o sistema é composto de cinco unidades de reserva, estação de tratamento, nove quilômetros de rede de distribuição, e 505 ligações domiciliares.
Durante muito tempo, uma fonte no centro de Nova Itaípe foi a esperança de água potável no local. “Tinha que levantar cedo para pegar a água que o caminhão pipa trazia. Em algumas situações, nem assim conseguíamos ter acesso à água, porque acabava rápido. Era uma verdadeira disputa para encher o balde”, recorda a comerciante Viviane Dias, 24 anos. A dona de casa Deraldina Rodrigues, 66, lembra da ocasião em que ficou mais de uma semana sem água em casa. “Fiquei pedindo um pouco de água aos amigos. Na casa de meu filho tinha uma caixa de armazenamento, que rapidamente foi esvaziada. Aí a família dele também passou por necessidade. Foi horrível“. Depois do episódio, com a inauguração do sistema de abastecimento, as casas passaram a ter água própria e a fonte no centro do distrito virou simbolo de resistência. “Agora, [a fonte] não é mais tão usada, mas vai ficar aí para lembrarmos da importância da água. Nós estamos vivendo melhor agora. A minha família é grande, minhas filhas têm crianças, e a gente precisa da água para tudo“, conclui a dona de casa Elenita dos Santos, 56.