Trânsito caótico, falta de estacionamento, mau cheiro do lixo misturado às frutas e verduras estragadas e sanitários em condições insalubres são sinais dos problemas diários enfrentados por funcionários, produtores e clientes no Mercado Produtor Ceasa, em Jaguaquara, um dos mais importantes mercados atacadistas de hortifrutigranjeiros da Bahia, atendo a várias regiões do país, movimentando cerca de 600 caminhões e carros de carroceria carregados de produtos, e com um fluxo de mais de 300 produtores por semana. A estrutura localizada na margem do Rio Casca, na Rua Barão do Rio Branco, área central da cidade já não dar mais conta da demanda do fluxo de produtos hortifrutigranjeiros, pessoas e veículos, situação que tem prejudicado significativamente a qualidade dos serviços prestados pela Ceasa, construída há 28 anos, e que funciona como entreposto. Toda administração do órgão, desde sua conservação, organização dos comerciantes e manutenção, é de responsabilidade da Empresa Baiana de Alimentos-EBAL, que parece deixado o órgão público cair no esquecimento do Governo, durante os oito anos da gestão Jaques Wagner.
Para a grande maioria dos produtores, que comercializam seus produtores no local, a solução de toda a problemática seria a ampliação e reforma da estrutura física, ou construção de uma nova Ceasa, numa área de melhor comodidade para os comerciantes e fluidez no trânsito. Durante visita da equipe de reportagem do Blog Marcos Frahm no Mercado, nesta terça-feira (20), produtores argumentavam: ”isso aqui vai mal, não tem espaço para nada, os banheiros estão abandonados, alguém tem que socorrer a Ceasa”. A reclamação é unânime com relação aos problemas diários enfrentados no local, onde funciona também a Cesta do Povo, que deve ser terceirizada no Governo Rui Costa.
Procurada pela reportagem, a direção do órgão admitiu a existência dos problemas, inclusive sobre o trânsito, informando que a demanda aumentou e o espaço diminuiu na Ceasa. E que o problema de falta de espaço acaba gerando outros, como a falta de estacionamento para caminhões de carga e veículos de passeio. A diretora Mara Freitas disse que tem adotado medidas para amenizar a situação, principalmente no acondicionamento do lixo, mas revela que não se trata de um problema de gestão da Ceasa, e que estará apresentando as demandas a EBAL para uma definição. A falta de recursos também seria uma das alegações para manutenção.