O Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, informou que as córneas do surfista Ricardo dos Santos, 24 anos, foram retiradas e serão doadas. O atleta, especialista em ondas grandes e tubulares, morreu às 13h10 desta terça-feira (20) por “piora clínica de um quadro de choque hemorrágico e disfunção de múltiplos órgãos”, informou a Secretaria de Estado da Saúde, em nota. Ricardinho, como era conhecido, foi baleado na segunda (19), com três tiros. Um policial militar é o principal suspeito do crime, ocorrido em frente à casa do surfista, na Guarda do Embaú, em Palhoça. Segundo o banco de olhos do hospital, as córneas foram esplantadas por volta das 15h30. Elas ficaram armazenadas e podem ser transferidas em um período de 15 dias. Será priorizada a doação para solicitantes da região da Grande Florianópolis, vinculados a lista de espera pública estadual.
A direção do hospital esclarece que, por não ter ocorrido morte encefálica, e sim parada cardíaca, demais tecidos e órgãos não puderam ser aproveitados para doação. No boletim do hospital, a direção diz que Ricardo teve ferimento de arma de fogo “tóraco-abdominal grave”. Na segunda, ele foi submetido a tratamento cirúrgico de emergência e posteriormente transferido para a UTI. Nesta terça, o estado de saúde do surfista piorou e ele passou por outra cirurgia para tentar estancar uma hemorragia. Ao todo, foram quatro intervenções cirúrgicas. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Florianópolis, que deve realizar o laudo cadavérico. A Polícia Civil aguarda os dados para dar continuidade ao inquérito. A família diz querer cremar o corpo e jogar as cinzas no mar da Guarda do Embaú, onde será realizado o velório na paróquia local. G1