O vereador Nildo Pirôpo (PT), em entrevista após eleição da Câmara Municipal manifestou seu repúdio a atitude que ele considera odiosa e de incitação à violência contra colegas parlamentares, que de acordo com o petista foram agredidos fisicamente por supostos correligionários do prefeito quando adentravam na Câmara na manhã desta quinta-feira (1º), para o início dos trabalhos. Os agressores, segundo Pirôpo, estariam insatisfeitos ao ver vereadores da base do prefeito Giuliano Martinelli (PP) entrando na Casa com opositores após aliança que definiu a chapa vencedora. Ele disse que o episódio ocorreu na área do prédio-sede da Câmara e que a atitude é incompatível com a Constituição e com a democracia brasileira, merecendo investigação por parte da polícia para apurar o episódio. ”Isso foi vergonhoso, por parte de gente muito ligada ao prefeito, usando uma maneira de intimidar. O vereador Bode falou em alto e bom som que bateram na janela de sua casa, intimidando suas filhas, cortaram pneus do carro do colega. Eu e o vereador Mancha fomos perseguidos à noite, por um carro não identificado, em alta velocidade. Propostas indecentes vieram de lá para nós, para votarmos na candidata Marleide, foram conversas dizendo que teriam ofertas, mas não aceitamos. Somos vereadores de oposição, mas aqui na casa não atrapalhamos o município, aprovamos tudo que de benefício for para a nossa cidade, mas o prefeito é que tem feito muito pouco por Jaguaquara”, brada Nildo Pirôpo.
O parlamentar petista disse ainda que, a bancada de oposição, de nanica, com apenas dois integrantes, passou a ser gigante nos últimos dias ao articular a chapa 1º, que resultou na vitória de Élio Boa Sorte (PP) para o cargo de presidente e de outros governistas que aceitaram aliança com a oposição para ocupar cargos na mesa. ”As duas chapas foram compostas por vereadores aliados do prefeito, mas todo mundo sabe que, a preferência do prefeito, e de secretários municipais que trabalhavam nos bastidores era pela candidatura da vereadora Marleide e nós conduzimos o processo muito bem, sem aceitar as propostas indecentes, para eleger Dr. Élio, que não era o candidato desejado da base”. Ele esclarece que não há influência para migração de governistas para a oposição na Câmara. ”Não estamos influenciado ninguém a ser oposição, mas se eu fosse Élio, ou qualquer outro da mesa, a partir de hoje eu me declarava oposição, porque tem vereadores da chapa derrotada tentando jogá-los contra o prefeito apenas pelo fato da aliança para definir a chapa ter sido feita por nós, opositores. Na política é preciso inteligência, principalmente num momento de estratégia, de articulação numa eleição, mas se eles não tem inteligência nem pra governar a cidade, que está num caos, infelizmente não podemos fazer nada”, conclui o líder da oposição.