Para quem falava em Ministério da Integração, um setor endinheirado, com poder de fogo no sertão, ou Ministério das Comunicações, que seria vitaminado com as verbas publicitárias federais, o Ministério da Defesa politicamente não pareceu o melhor.
Alguns avaliam que a presença de Jaques Wagner nele é uma demonstração de força. Dinheiro tem, para gastar com as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), em questões estratégicas do ponto de vista nacional, como submarinos nucleares, satélites, fortalecimento de fronteiras e fiscalização da Amazônia, eventualmente até com obras de combate a seca, além da intensa articulação com as instituições de ponta do Brasil, como o Itamaraty.
Tem isso e mais o fato de que ele ficará também na coordenação política do governo, bem próximo a Dilma. De modo geral, os mais próximos de Wagner, a começar pela primeira-dama (ainda), Fátima Mendonça, gostaram. Acham que ele saiu forte.
Roberto reage
O professor Roberto Santos, o governador que construiu o Centro de Convenções da Bahia, não aceita a tese de que a projeção do equipamento em estrutura metálica, próximo ao mar, tenha sido um erro.
Ele diz que o aço utilizado, o Corten, é o mesmo utilizado para a construção de pontes metálicas marítimas em todo o mundo:
– O problema ali é de falta de trato, falta de manutenção. Apenas isso.
Por Levi Vasconcelos