Obras paradas, trabalhos reduzidos em secretarias, órgão sem telefone, funcionários demitidos e sem receber salários tornam-se um reflexo da crise administrativa que se instalou no município de Jaguaquara. Comumente, os últimos meses do ano são marcados por mudanças nas prefeituras das cidades interioranas, com medidas adotadas pelos gestores para fechar as contas e não ultrapassar os índices com gastos de pessoal fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, em Jaguaquara, a chamada contenção de despesas assusta, e compromete a economia local. Os serviços públicos já foram afetados, as informações são escassas, o prefeito Giuliano Martinelli (PP), sem dar explicações convincentes sobre o caos, em sua última entrevista, na única emissora de rádio da cidade, Povo AM, admitiu a crise afirmando que a Prefeitura deve a servidores, que foram mandados embora sem ao menos ver a cor do dinheiro dos últimos dois meses trabalhados, deve a fornecedores e também aos motoristas de veículos locados ao município. Além dos que foram demitidos, aqueles comissionados que permaneceram no governo, também já reclamam de atraso e a Prefeitura parece não ter noção da dimensão de seus próprios problemas. A crise administrativa, que revela descontrole com os gastos públicos é o assunto mais comentado nos quatro cantos da cidade, há poucos dias para o Natal. E o pior, é que a PMJ segue sem conseguir pagar aos contratados, mesmo depois de exonerados.