Investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal apontam que o PMDB tinha uma rede de operadores na Petrobras para desviar recursos de contratos com empreiteiras. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”. Diferente do que ocorria no PP e no PT, no PMDB havia várias frentes que se beneficiavam do esquema, cada uma delas com um interlocutor nas diretorias da estatal. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, admitiu em depoimento à Justiça, que passou a atender o PMDB em determinado momento. Além disso, o ex-diretor disse que começou a repassar dinheiro a peemedebistas após firmar um acordo para permanecer no cargo. Costa negociou com o partido após se afastar do cargo por alguns meses para tratar uma doença adquirida em viagem à Índia. Em depoimento, o ex-diretor afirmou que, depois de recuperado, foi à Brasília e firmou o apoio à sua manutenção no cargo com um político peemedebista. Costa dirigiu a área de Abastecimento e Refino da Petrobras de 2003 a abril de 2012. O PMDB nega envolvimento do partido no esquema. De acordo com investigações, um outro grupo do PMDB também se beneficiava do esquema por meio do consultor Fernando Soares, o Fernando Baiano, preso na superintendência da Polícia Federal no Paraná.