O mundo político baiano dá como favas contadas, se o acaso não interferir, que Rui Costa, o governador eleito, e ACM Neto, o prefeito de Salvador, vão duelar em 2018.
A questão é que até lá Neto tem uma eleição no caminho, a de 2016, quando tentará a reeleição. Por aí, o que se discute é quando o duelo vai começar, se já ou mais adiante.
Há duas teses em jogo. Uma, preconizada pelos petistas mais xiitas: as cartas devem ser postas na mesa já, forjando nomes governistas, para chegar a 2016 com um nome competitivo com Neto fragilizado.
Outra, a mais sensata (para os dois, para a Bahia e para Salvador), que os dois cuidem de administrar em 2015 e briguem em 2016.
Para Neto, obviamente a opção preferencial é a segunda. Rui ainda não se posicionou.
Mais duas teses – No entorno de ACM Neto também há outro debate.
Neto advoga a fusão do DEM com outro partido, preferencialmente o PMDB, o que abriria uma janela no poder.
José Carlos Aleluia, presidente estadual do DEM e deputado federal eleito, é contra. Acha que fusão abre uma janela sim, mas para alguns debandarem para outra legenda.
Sem acordo – É nesse bolo que entram as intrigas e futricas políticas em torno da disputa pela presidência da Câmara de Salvador; como a suposta união do PT com o PTN.
Se houver tal acordo, com pelo menos um deputado do PTN o PT não vai contar. Carlos Geilson, de Feira de Santana, ligado ao prefeito Zé Ronaldo (DEM), já disse:
– Eu tenho um campo claramente definido. E é nele que vou ficar.
Por Levi Vasconcelos