Engraçada a presidente Dilma. Diz que acabou a campanha e ‘é hora de descer do palanque’. Certamente se referiu a Aécio que, na volta ao Congresso, queixou-se das mentiras disparadas na guerra eleitoral, nelas inclusas as questões das dificuldades econômicas.
E Dilma demonstra que já desceu do palanque. Aumentou a taxa de juros, a gasolina e afins. Fede a estelionato, carimbando o que Aécio dizia. Focando o olhar estritamente nos embates da campanha, ele está certo.
Difícil é acreditar se as posições fossem inversas, Aécio no governo e Dilma na oposição, a prática seria diferente.
O queixume tucano faz parte do jogo. O que se apregoa é a pretensão de que as campanhas tenham como foco o debate sobre políticas públicas de todos os matizes. No escopo da conjuntura, utopia. Seria a sublimação de uma civilidade que não temos.
Campanhas, como as conhecemos e vivenciamos, são guerras pelo poder. Guerras de informações. E guerra, como diz Phillip Knightley, ex-correspondente de guerra no Vietnã e ex-senador nos EUA, quando pipoca, a primeira vítima é sempre a verdade.
No mais, é pagar a gasolina mais cara de Dilma e as multas de ACM Neto.
Por Levi Vasconcelos