Prefeitura de Jequié estaria dificultando construção do Assaí Atacadista; jornalistas investigam

Jornalistas vão ao canteiro de obras
Jornalistas vão ao canteiro de obras. Fotos: Blog Marcos Frahm

A prefeitura de Jequié é acusada de criar dificuldades em torno do bom andamento da construção do Atacadista Assaí, empresa do Grupo Pão de Açúcar (GPA). Este empreendimento, apesar da grande insatisfação gerada em representantes da empresa em Jequié, está mantido, mas outros, a exemplo de um Shopping Center, projetado para ser construído também na Avenida César Borges, podem ser inviabilizados em razão de supostos problemas provocados pela administração municipal. Para você ter uma ideia da gravidade da situação, as obras do Atacadista Assaí, que foram interditadas por ordem do secretário de Infraestrutura, Fernando Bomfim, foram retomadas, mas depois que a empresa recorreu ao Ministério Público para garantir a continuidade do projeto, que vai criar depois inaugurado centenas de empregos diretos além de ajudar a alavancar a combalida economia local. Apesar dos contratempos criados pela administração municipal, a data de inauguração do empreendimento está mantida para 20 de novembro deste ano de 2014. Mas tudo vai depender de uma reunião marcada para esta segunda-feira (20) entre a empresa e a prefeitura.

EMPRESA NÃO NEGA CONSTRUIR CANAL

O projeto de construção de um canal pluvial que a prefeitura quer que a empresa faça será apresentado nesta segunda-feira. O valor da obra não foi revelado, mas exigirá muito dinheiro. A empresa não se furta em fazer a construção, mas a falta de flexibilização do governo local tem provocado uma imensa insatisfação a equipe do Atacadista Assaí. Além de criar toda sorte de dificuldade, a prefeitura não contribui em nada para a instalação da empresa na cidade. Até uma máquina para auxiliar na execução de algumas tarefas na área da obra, foi negada.

O engenheiro da empresa, Artur Arruda, recebeu os repórteres Wilson Novaes, Marcos Frahm, Ari Moura e Souza Andrade no canteiro de obras, no sábado (18). Este grupo de profissionais de imprensa foi testemunha ocular da grande insatisfação do representante do GPA com tudo o que vem ocorrendo em Jequié. Fica a sensação de que a cidade caminha para trás, pois enquanto em outros lugares a prefeitura facilita a atração de novos investimentos, o nosso Município é citado como criador de problemas.

Imprensa de Jequié busca esclarecimentos
Imprensa de Jequié busca esclarecimentos sobre o Assaí

O nome do secretário de Infraestrutura, Fernando Bomfim, foi citado várias vezes pelo engenheiro. Não por acaso, uma vez que Bomfim é a única pessoa da administração municipal com quem ele disse ter mantido contato sobre a obra em Jequié. Arruda afirmou nunca ter conversado com Tânia Brito, o que nos leva acreditar que a prefeita não tenha conhecimento de que o governo dela pode estar oferecendo dificuldades para a instalação de uma empresa na cidade.

DURO GOLPE

Criar dificuldade para atrair novos investimentos seria um duro golpe a nossa cidade que vem sofrendo toda sorte de dissabor nos últimos tempos. O engenheiro Artur Arruda falou aos repórteres sobre a vinda de um Shopping Center. Esse novo empreendimento está projetado para ser construído ao lado do Atacadista Assaí. Ocorre que, caso as dificuldades criadas pela Secretaria de Infraestrutura perdurem, o citado projeto pode ser inviabilizado. Sendo assim, a prefeita Tânia Brito, o vice-prefeito Sérgio da Gameleira e o deputado federal Roberto Brito, este último responsável por indicações no primeiro escalão e mentor intelectual da atual administração municipal, precisam tomar pé da situação, pois, caso confirmadas as declarações da representação do GPA, Jequié poderá ser duramente penalizada com a desistência de importantes empreendimentos na cidade. O representante do Atacadista fez questão de dizer que a empresa tem todo o interesse de atender aos anseios dos moradores, principalmente os do Jardim Paquetá que cobram a construção do canal pluvial, mas que não custa nada a prefeitura ser flexível.

POSIÇÃO DA PREFEITURA.

Em Nota Oficial distribuída a profissionais de imprensa da cidade, na semana passada, a prefeitura informa que “a construção do prédio foi autorizada após acordo firmado entre a empresa André Guimarães Construções e Montagens, responsável pelo empreendimento, e a Secretaria determinando a construção emergencial no prazo de 40 dias de um canal pluvial de 520 metros de comprimento. Após quase dois meses do início da construção do prédio, a construção do canal ainda não foi iniciada, o que já seria motivo suficiente para o embargo”. Ainda de acordo a Nota, o Ministério Público foi acionado no sentido de cobrar a execução da obra do canal, o que aconteceu. O representante do Atacadista não contesta a Nota, mas afirma que não tem nada fora do prazo. Nota do site Jequié e Região. Leia mais sobre o caso aqui.