Terminou depois de três dias a greve de fome de presos no Conjunto Penal de Itabuna, no sul da Bahia. O movimento, que acontecia no Pavilhão I do local, foi encerrado na tarde desta quarta-feira (15). Cerca de 450 presos participaram da greve. Houve nesta manhã uma reunião entre uma comissão formada pelos presos, direção do presídio e a juiza da Vara de Execuções Penais, além do Ministério Público. O teor do acordo que as partes alcançaram não foi divulgado. A visita aos presos foi suspensa nesta quarta por conta da greve, mas a situação deve ser normalizada já amanhã, segundo a direção do presídio. De acordo com a mãe de um dos internos, Ana Gleice Santana do Rosário, as reivindicações estavam relacionadas à superlotação e melhor estrutura do Conjunto Penal, prestação de assistência médica na unidade, principalmente no que diz respeito às doenças infecciosas, revista vexatória das mulheres que visitam os internos e implantação dos cursos profissionalizantes. “O conjunto penal tem capacidade para 480 presos em regime provisório. Hoje, são quase 1010 internos lá. Nos dias de visita, só é fornecida uma única marmita para o detento. O visitante não tem direito a comer”, explicou Ana Gleice. Os presos pediam ainda que detentos provisórios e sentenciados ficassem juntos durante o banho de sol, o que é proibido pela lei, e que as refeições venham de fora do presídio. O advogado da Pastoral Carcerária, Davi Pedreira, acusa a direção do presídio de arbitrariedade frente às reivindicações de presos e familiares. Informações do Correio