Pouquíssimos são os líderes políticos que acreditam no fim da disputa pelo governo da Bahia neste domingo (5), quando milhares de baianos irão as urnas, exercer o pleno direito democrático de escolher os seus candidatos: deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República. Para muitos, o sentimento é de segundo turno entre os dois principais postulantes ao Palácio de Ondina, Paulo Souto (DEM), e Rui Costa (PT).
E o sentimento de segundo round na sucessão estadual de 2014 não deve-se ao resultado da última pesquisa de intenção de voto, realizada pelo Babesp, apelidado de Data-Nilo, instituto que não é levado a sério pelo grupo da oposição e que revela empate técnico entre Souto e Rui. O sentimento vem sendo explicitado até pelos próprios candidatos, o democrata e o petista, que evitaram confronto direto nos dois últimos debates de plano de governo, na TV Aratu e, na última terça-feira, na TV Bahia de ACM ”O” Neto.
No último debate, por exemplo, Souto e Rui, quando tinham chance de pergunta, sempre procuravam Marcos Mendes do PSOL, Lídice da Mata do PSB ou o destemido Rogério da Luz do PRTB, que roubou a cena no debate, chegando a alfinetar até o apresentador Willian Wack, quando lhe foi negado direito de resposta por uma declaração de Paulo Souto. Enfático, Da Luz disse, em alto e bom som, que só não foi concedido porque ”a casa é de ACM Neto” – prefeito de Salvador.
Até as urnas se abrirem, apenas uma certeza: ficou no passado o favoritismo de Souto na corrida eleitoral. Outra, bem relativa, é que a chave para assegurar a vitória no primeiro turno (ainda) está nas grandes cidades, onde os democratas afirmam ter ampla vantagem sobre o PT. E como disse o conceituado jornalista, Levi Vasconcelos, sabe lá Deus o que sairá das urnas neste domingo.
Por Marcos Frahm