Complicado e lento. É assim que flui o trânsito na BR-116, entre os municípios de Jaguaquara e Jequié, um dos trechos mais perigosos da Rodovia Santos Dumont na região Sudoeste. Com obras sendo realizadas pela Concessionária ViaBahia, a pista vira um corredor formado por cones e barris laranjas é tão estreito que mal sobra espaço para uma carreta trafegar, em determinados pontos. Do outro lado dessas barreiras, na lateral da rodovia, caminhões e máquinas pesadas, como rolos compressores, fresadoras e acabadoras, trabalham na pavimentação. Mesmo com dificuldades para circular neste espaço restrito, motoristas imprudentes não se intimidam: deixam de reduzir a velocidade de seus veículos e até trafegam pelo acostamento para tentar escapar das filas. Esse comportamento tem contribuído para aumentar a insegurança na ‘’Serra do Mutum’’, por exemplo, região que sempre foi palco de graves acidentes.
A velocidade máxima nos trechos em obras é de 40 km/h, mas de acordo com informações colhidas pelo Blog Marcos Frahm, muitos motoristas, principalmente de veículos pesados, desenvolvem alta velocidade, que chega a 65km/h. Ou seja, a maioria dos condutores trafegava com velocidade 62,5% acima da permitida. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a BR-116 tem registrado aumento de acidentes depois que passou ser recupera, cuja obra está há mais de um ano sendo realizada. Motoristas reclamam da lentidão da concessionária para concluir as obras e temem passar pelo trecho. Na manhã desta quarta-feira (1), uma carreta desceu a serra desgovernada e atingiu mais cinco veículos, incluindo caminhões, ônibus e veículos de passeio. Por sorte, ninguém ficou ferido, mas houve danos materiais. Os abusos dos motoristas que passam pelo local aumentam o perigo na BR-116. A PRF recomenda que os usuários redobrem a atenção na estrada.