Há controvérsias no marketing político sobre a conveniência de bater ou não nos adversários. Desde que se tornou o mago da vitória de Lula (que até então só batia), em 2002, com o Lulinha paz e amor, o baiano Duda Mendonça virou o ícone dos que são contra a pancadaria. Dele divergiu outro baiano, João Santana, o Patinhas, hoje marqueteiro de Dilma, para quem bater é preciso.
A literatura da ciência política é vasta em exemplos de candidatos que bateram e se estreparam, como Geraldo Alckmin, em 2006, quando atacou Lula por conta do mensalão e no segundo turno teve menos votos do que no primeiro. E também dos que bateram e se deram bem, para ficar num exemplo caseiro e recente, como ACM Neto em 2012.
Nesse jogo a disputa baiana de 2014 entra na reta de chegada com samba de uma nota só, a pancadaria. Os governistas atacam com A turma do atraso e a oposição, com O governo da propaganda.
No meio da peleja entrou o caso Dalva Sele, a do Instituto Brasil. E a oposição marcou um tento: botou os governistas para jogar o seu jogo, o de estadualizar o debate.
Entenda: Rui Costa se ancora em Dilma e Paulo Souto não tem referência presidencial competitiva. A federalização da peleja só interessa a Rui. Os oposicionistas jogaram para estadualizar batendo forte, e conseguiram.
Os governistas dizem que o caso Dalva foi uma estratégia da oposição para tentar barrar o crescimento de Rui. Tem tudo a ver.
Dalva e a justiça eleitoral – Paulo Souto, Geddel e ACM Neto vão dar coletiva amanhã (10h) no comitê central da chapa.
Pauta: Dalva Sele e a justiça eleitoral.
Nos últimos dias, a oposição vem se queixando que tem juiz empenando o jogo.
Enfim, o buxixo será publicizado.
Por Levi Vasconcelos