O debate entre os candidatos ao governo, realizado na noite desta sexta-feira, 26, pela TV Itapoan/Rede Record, não reproduziu o nível de troca de acusações e denúncias que tem marcado as campanhas eleitorais no rádio e TV, notadamente a dos dois primeiros colocados nas pesquisas, Paulo Souto (DEM) e Rui Costa (PT)
A grande polêmica que marca as discussões na reta final de campanha – o suposto esquema de desvio de R$ 50 milhões do Fundo de Combate à Pobreza pela ONG Instituto Brasil para beneficiar campanhas do PT na Bahia – só foi comentado por candidatos chamados “nanicos”, como no momento em que Marcos Mendes (PSOL) respondeu a questionamentos de Rogério da Luz (PRTB). O candidato petista disse, em um direito de resposta, que processará todos os que o acusam e acusam pessoas de sua família de terem recebido dinheiro do esquema. Rui Costa disse ainda que processará criminalmente a Revista Veja e o candidato do DEM, Paulo Souto. Já o candidato Marcos Mendes diz que a troca de acusações soa como a história em que “um sujo fala de um mal lavado”. No único embate direto entre Rui Costa e Paulo Souto, o tema escolhido pelo petista girou em torno das obras na área de infraestrutura e mobilidade urbana. Costa desafiou Souto a citar obras que tenha feito na capital e no interior nos oito anos de seu governo. Souto disse que realizou obras na capital (como o programa BahiaAzul, que teria aumentado a rede de coleta de esgoto de 27% para mais de 70% de cobertura) e no interior (como anéis rodoviários em Itabuna e Ilhéus). Rui destacou que o governo Wagner renegociou o Bahia Azul, reduzindo custos em R$ 100 milhões. Souto, por sua vez, criticou atrasos nas obras do Porto Sul. Rui anunciou a liberação da licença ambiental da obra.