O diretório estadual do PT na Bahia e todos os quadros do partido citados em reportagem da revista Veja, no final de semana, em supostas irregularidades envolvendo o Instituto Brasil vão processar criminalmente a Editora Abril (Veja) e a dirigente do instituto que assumiu a denúncia, Dalva Sele Paiva. “Vamos exigir que eles provem o que está escrito, pois temos absoluta certeza de que tudo não passa de um monte de mentiras, dito por uma pessoa movida pela raiva justamente porque não encontrou, dentro do governo da Bahia nem do PT, quem se dispusesse a encobrir as irregularidades que cometeu“, diz nota à imprensa assinada pelo presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação. Ele lamenta que “a revista Veja mais uma vez se preste a fazer este jogo sujo eleitoral, cuja origem todos sabemos que está nos nossos adversários, já temerosos do crescimento de Rui e da derrota que o povo baiano vai lhes infringir em 5 de outubro“. A presidente da ONG Instituto Brasil denunciou um esquema de desvio de recursos que seria comandado pela gestão petista no Estado. O candidato do PT à sucessão de Jaques Wagner, Rui Costa, reiterou ação judicial e disse em entrevista ao jornal Valor Econômico que está reunindo documentos contra a denunciante, que listou uma série de petistas que teriam desviado para campanhas eleitorais os recursos de um programa de construção de casas populares feito em convênio com a ONG. De acordo com a revista, o esquema teria começado em 2004 e movimentado algo em torno de R$ 50 milhões. “Este valor não existe, assim como não existe a vinculação do meu nome nesse caso. Esse programa foi iniciado no governo anterior, do Paulo Souto (DEM) e continuado na atual gestão“, diz Rui Costa, que até abril deste ano era titular da Casa Civil do Estado. Os demais petistas citados na reportagem são o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário e deputado federal Afonso Florense; o presidente da Embratur, Vicente Lima Neto; o senador Valter Pinheiro; e os deputados federais Nelson Pelegrino e Zezéu Ribeiro.