O comitê financeiro do PSB à Presidência da República informou ao Tribunal Superior Eleitoral ter recebido uma doação do falecido ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Na planilha enviada ao TSE no início de setembro, a contribuição está registrada com a data de 14 de agosto, um dia depois do acidente aéreo com o então presidenciável. A doação atribuída a Campos é quase cinco vezes maior do que o patrimônio declarado por ele ao registrar sua candidatura, de 546 mil reais. O atual responsável pela gestão financeira do comitê presidencial do PSB é o tesoureiro do partido, Márcio França. O deputado federal é candidato a vice na chapa do governador Geraldo Alckmin, do PSDB, que tenta a reeleição em São Paulo. Quando o PSB ratificou Marina como candidata no lugar de Campos, ela decidiu nomear alguém de sua confiança para comandar as finanças da campanha. O cargo pertencia então a Henrique Costa, da confiança de Campos. Marina primeiro escolheu seu chefe de gabinete no tempo de ministério, Bazileu Margarido. Depois, Marina reforçou a equipe com um banqueiro com passagem pelo Citibank, Álvaro de Souza. A presidenciável não estava à vontade com os acordos financeiros que Campos fechara com aliados em troca de apoio. Um dos partidos da coligação presidencial do PSB, o PPS já recebeu, por exemplo, meio milhão de reais em recursos arrecadados e transferidos pelo comitê financeiro do PSB. Vários candidatos a governador pelo PSB também já obtiveram verba por esse caminho. A solução acertada entre Marina e o PSB para tentar uma convivência foi separar as finanças: de um lado, as da campanha da candidata; de outro, as do comitê presidencial do partido. O primeiro grupo tem Álvaro de Souza à frente. O segundo, Márcio França. Com isso, Marina também tenta preservar a “pureza” de seu caixa. Leia mais.