Candidatos ao lado de Ricardo Boechat. Foto: REUTERS/Paulo
Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), três principais candidatos à presidência da República se enfrentaram pela primeira vez na televisão, em debate transmitido pela Band. Em duas horas e meia de debate entre os presidenciáveis, encerrado à 01h07, o que se viu pela transmissão da Rede Bandeirantes foi uma boa troca de perguntas e respostas entre os próprios candidatos e diante de jornalistas. A presidente Dilma Rousseff foi o alvo preferencial de todos os adversários, mas a partir de um embate inicial com Aécio Neves, do PSDB, passou a rebater as críticas com números e dados objetivos. A candidata Marina Silva mostrou segurança e lembrou mais de uma vez sua experiência de 16 anos como senadora e ex-ministra do Meio Ambiente. Com foco sobre Dilma, Aécio Neves bateu e levou, com o traquejo de quem está acostumado a debater na tribuna do Senado.
Os candidatos de partidos menores – Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Levir Fidélix (PRTB) e Eduardo Jorge (PV) – tiveram boas participações. Não houve troca de ofensas pessoais. O debate ocorreu em bom nível, e talvez tenha sido o melhor das últimas eleições. Considerações finais dos candidatos a presidente no debate organizado pela Rede Bandeirantes começaram às 00h55. A primeira a falar, por decisão em sorteio prévio, foi a candidata Marina Silva, do PSB. Ela citou a “situação traumática” que viveu, com a morte do presidenciável Eduardo Campos e pediu “ajuda” para ser eleita.
“Vim de uma experiência traumática”, diz Marina
Marina enfatizou a morte de Campos. Foto: REUTERS/Paulo
“Temos um programa que foi debatido com a sociedade. Ele engloba todos os temas. Um plano de governo que faça com que esse país volte a crescer. Esse era meu compromisso com Eduardo Campos, de que o Brasil seja um país que unindo as pessoas, possamos governar com os melhores“, diz Marina.
“Educação será fundamental para crescimento”, afirma Dilma
Dilma Lembra Lula e fala do Pronatec. Foto: REUTERS/Paulo
“A educação vai ter um papel essencial no novo projeto de crescimento. Queremos fazer isso com mais segurança, mais saúde e com uma infraestrutura de transportes mais adequada. Mas a educação é fundamental. Vamos crescer o Pronatec, que é um grande programa dessa área“, disse Dilma.
“Não há espaços para aventuras na economia”, diz Aécio
Aécio já prometeu nomear ministro. Foto: REUTERS/Paulo
“Para que possamos crescer é preciso ter uma política econômica diferente dessa que tem inflação alta e crescimento baixo. Não há espaços para aventuras. Se eleito, vou nomear Arminio Fraga para o ministério da Fazenda, que nos ajudará a construir um ciclo de desenvolvimento sustentável no Brasil“, disse Aécio.