Delegado José Nogueira comenta operação. Foto: Roberto Viana
O esquema de desvio de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos profissionais de Educação envolvendo agentes públicos da Bahia deve chegar a R$70 milhões e não R$ 30 milhões como divulgado inicialmente pela Polícia Federal, que deflagrou no início da manhã desta terça-feira (13) a Operação 13 de Maio. Embora as investigações tenham começado em 2011, foi a partir da ida da Controladoria Geral da União (CGU) ao município de Fátima, a quase 400 quilômetros de Salvador, entre 2007 e 2008, que dados do Fundeb foram cruzados e detectadas irregularidades, segundo o delegado José Nogueira, responsável pela operação. Os desvios foram feitos por prefeitos, ex-prefeitos e secretários de 20 municípios baianos. De acordo com a Polícia Federal, professores do município de Fátima deveriam receber de tributos R$ 1.200 e receberam R$ 147. A diferença de valor era “embolsado” por secretários e prefeito. Os recursos do Fundeb são do Governo Federal e vão para conta das prefeituras, responsáveis pelo ensino fundamental. Os trabalhos começaram por volta das 6 h da manhã nos municípios de de Fátima, Heliópolis, Ipecaetá, Aramari, Banzaê, Ribeira do Pombal, Sítio do Quinto, Água Fria, Novo Triunfo, Itiruçu, Ourolândia, Santa Brígida, Paripiranga, Itanagra, Quijingue, Sátiro Dias, Coração de Maria, Cícero Dantas, Lamarão e São Francisco do Conde.nDos 29 mandados de prisão expedidos, os agentes federais prenderam onze pessoas, que devem ser encaminhadas ao Presídio de Feira de Santana e o da Mata Escura, em Salvador. Os prefeitos de Sítio do Quinto, Cleigivaldo Carvalho Santa Rosa, e de Fátima, José Idelfonso Borges dos Santos, ambos do PDT, ainda não foram presos. Segundo a Polícia Federal, embora procurados em casa e na sede das prefeituras, eles ainda não foram localizados. Informações do Bocão News