Como forma de chamar a atenção das autoridades, moradores de Jiquiriçá resolveram manifestar-se contra a interdição da Cachoeira dos Prazeres, bloqueando a Rodovia BR-420 na noite desta quinta-feira (6). Os manifestantes fizeram barricadas e atearam fogo em pneus velhos e pedaços de madeira nos dois lados da rodovia, interrompendo totalmente o trânsito na ponte sobre o Rio Jiquiriçá, no perímetro urbano do município. Os manifestantes se indignaram após uma ação encaminhada ao Ministério Público da Bahia, através do morador Edson Lileo Menezes de Quadros, que conseguiu interditar a Cachoeira dos Prazeres na cidade de Jiquiriçá. Como réus do processo estão Wiriton Silva de Matos e o município de Ubaíra, pois a área localiza-se na divisa entre os municípios de Jiquiriçá e Ubaíra, e foi interditada para o turismo até que seja realizado estudo técnico-ambiental e adotadas as providências para viabilizar a atividade turística no local. A interdição foi determinada, no último dia 20, pelo juiz Antônio Santana Lopes Filho, em face de ação civil pública com pedido de liminar ajuizada pelo Ministério Público estadual, por meio dos promotores de Justiça Suzana Monteiro e Julimar Barreto, que atuam respectivamente na Promotoria Regional Ambiental de Amargosa e na Promotoria de Justiça de Santo Antônio de Jesus. Está proibida a entrada de banhistas e pessoas não autorizadas na Cachoeira. Devido à ação judicial que interditou a área, populares demonstraram-se descontentes, sob a alegação de que a decisão acarretará graves prejuízos econômicos ao município e realizaram a manifestação, que teve início às 19h de ontem e encerrou por volta da 1h da madrugada de hoje, segundo informações repassadas ao Blog Marcos Frahm pelo Inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal de Jequié, Amando Borges. ”Depois de uma longa conversa com os manifestantes a polícia conseguiu negociar a liberação do tráfego na pista. Eles queriam a presença de representantes do Ministério Público no local, mas à noite, seria inviável. Entendemos o lado dos manifestantes, mas o que a polícia pode fazer é aproximar as partes, os líderes do protesto e as autoridades, para que dialoguem sobre o problema”, disse o inspetor na manhã desta sexta-feira. A PRF contou com apoio da Polícia Militar para contornar a situação.
Por: Marcos Frahm
