Prefeito defende valorização dos professores, mas acha que piso gera problema para as prefeituras

Zé Cocá acredita que os municípios terão repercussão financeira negativa
Cocá acredita que municípios terão dificuldades para pagar o piso

O prefeito de Lafaiete Coutinho, Zenildo Brandão, o Zé Cocá, 2º secretário da UPB, concorda com o reajuste do piso nacional para professores (governo reajustou em 8,32%), mas acredita que esse reajuste, embora necessário e importante no processo de valorização dos professores, é “um problema gravíssimo” para as prefeituras de pequeno porte. Ele prevê que 90% dos municípios terão repercussão financeira negativa. “Você vai ter um índice de 60% a 80% das contas rejeitadas”, afirmou Cocá ao jornal A Tarde. Embora as prefeituras prevejam prejuízos, o Estado ainda não avaliou os impactos na folha de pagamento, segundo informou a Secretaria de Administração. Ainda é preciso aguardar estudos técnicos aprofundados para que o governo se pronuncie quanto ao reajuste. A presidente da União dos Municípios (UPB), Maria Quitéria (PSB), diz que a maioria das prefeituras baianas ultrapassará o limite de 54% para gastos com folha de pagamento. Segundo a gestora, a norma não condiz com a receita dos municípios e o principal problema é o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ela diz que, quando o prefeito cumpre a lei do piso, descumpre a LRF. A presidente da UPB diz, ainda, que os gestores defendem a valorização dos profissionais de educação. Na opinião geral, os gestores de municípios de pequeno porte consideram que terão dificuldade para cumprir a aprovação do reajuste de 8,32% do piso nacional para professores.