Depois de reprovado em 2013 na Câmara de Jaguaquara, por 13 votos a 2, o polêmico projeto ”antinepotismo”, que proíbe a contratação de parentes de gestores até o terceiro grau no Executivo e no Legislativo do município deverá voltar a tramitar na Casa, em 2014. O autor do projeto é o vereador Nildo Pirôpo (PT), que disse nesta sexta-feira (27) ao Blog Marcos Frahm que apresentará conteúdo idêntico à proposta reprovada pela maioria esmagadora na Câmara, cujo autor na ocasião da reprovação era o mesmo edil. Pirôpo revelou que voltará a apresentar o projeto, logo após o recesso parlamentar e afirmou que, o objetivo, de retornar com o ”antinepotismo”, não é promover “caça as bruxas” ou criar constrangimentos na administração do prefeito Giuliano Martinelli (PP), que segundo o petista, continua mantendo na Prefeitura um alto número de pessoas com laços sanguíneos trabalhando na máquina pública. ”Vamos tramitar esse projeto na Casa até quando houver sensibilização dos colegas vereadores, sobre a necessidade da moralização na coisa pública”. Ele acredita que a aprovação criaria uma nova cultura política no município e cita como exemplo a Câmara de Apuarema, cidade localizada há 60 km e que já foi distrito de Jaguaquara. ”Enquanto os vereadores de Apuarema aprovaram o antinepotismo, em Jaguaquara foi reprovado, de maneira vergonhosa pelos nossos colegas, sem que houvesse um debate amplo sobre a proposta, que não vai de encontro a constituição, como eles dizem, induzidos pelo prefeito”, lamenta. Em Apuarema, projeto da mesma natureza foi aprovado recentemente, por unanimidade, na Câmara. Lá, o vereador – autor é Iran Santos, do PCdoB.
Foto: Blog Marcos Frahm