Naelson Lemos (PT), prefeito de Cravolândia, foi convencido por membros do primeiro escalão municipal de que havia feito besteira ao assumir o cargo e nomear dezenas de comissionados, em janeiro deste ano, inchando a máquina pública com contratações feitas sem concursos. Alegando dificuldades financeiras, e com a justificativa que há uma necessidade de manter o equilíbrio das contas públicas, o gestor baixou decreto de exoneração de cerca de 63 servidores contratados, após recente reunião com o seu secretariado, quando lamentou a queda de receitas da Prefeituras. O limite global de despesa com pessoal, fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 54% da receita corrente líquida municipal. Em Cravolândia, segundo o Secretário de Administração, Elivan Sampaio, que manteve contato com o Blog Marcos Frahm nesta quarta-feira (4), o somatório dos gastos já chega a quase 63% da receita. ”Infelizmente, o prefeito teve que demitir para cortar gastos. A queda de receitas é preocupante e nós temos que administrar com muito cuidado para não complicar a gestão. A intenção no início da administração era de dar oportunidade aos desempregados, porque a cidade não tem outra fonte de renda a ser a prefeitura, mas o índice de pessoal chegou a 63% com os contratos e agora nós estamos providenciando os termos de distrato, bem como as demais medidas necessárias à rescisão contratual”, disse o secretário. A Prefeitura de Cravolândia teria começado a tomar um rumo desagradável com a decisão do prefeito Lemos no início desse segundo semestre, quando o petista, de uma canetada só, demitiu 59 contratados. Agora já são 122 servidores demitidos, conforme decreto publicado no Diário Oficial do Município. Dentre os exonerados estão pessoas ligadas à saúde, educação, agricultura e guarda municipal.
Foto: Blog Marcos Frahm