O líder do Republicanos na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PB), tem uma taxa de fidelidade ao governo Lula 3 maior do que a de seus adversários ao comando da casa, Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA).
Apontado como o provável candidato do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), após a desistência do presidente de seu partido, Marcos Pereira (SP), Motta foi bastante criticado por apoiadores do presidente Lula por ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff e por ser próximo ao presidente da Câmara a época, Eduardo Cunha, responsável pela condução do processo de impeachment da então presidente.
Essa posição, no entanto, não se reflete no que tange o apoio a propostas trazidas à Câmara pelo governo. De acordo com um levantamento da Arko Advice, a pedido da CNN, Motta votou de forma alinhada ao governo em 49,2% das ocasiões, enquanto que Elmar e Brito apresentaram uma taxa, respectivamente de 23,53% e 46,68%.
O levantamento ainda traz que, durante o governo Bolsonaro, Brito foi quem teve a maior taxa de fidelidade, apoiando 58,56% das propostas, ao passo que Motta apresentou uma taxa de 53,3% e Elmar, 38,18%.
No governo Dilma Brito também foi o mais fiel dos três candidatos, apoiando 66,86% das propostas, seguido por Motta com 48,72% e Elmar com 20,8%. No governo Temer, os três apresentaram taxas muito parecidas: Motta com 55,28%, Elmar com 55,06% e Brito com 54,61%.
Apesar do apoio de Lira ao candidato do Republicanos, a tendência é de que Brito e Elmar mantenham a candidatura, já que as eleições devem ocorrer em fevereiro. Os dois também cogitam a possibilidade da abdicação de um em favor do outro ou até mesmo a busca por um nome alternativo.