A prefeita de Jaguaquara, Edione Agostinone (PT), foi oficializada candidata à reeleição à Prefeitura, em convenção da federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB, PV, Avante, PSB e Republicanos. O ato partidário foi realizado na noite deste domingo (04) em um palanque montado em frente à Câmara Municipal, na Rua Ministro Ilmar Galvão, Centro da cidade e contou com a presença dos deputados Hassan (PP) e Jorge Solla (PT). A convenção homologou também o nome do vice, Nei Cabeludo, filiado ao PT, repetindo a chapa de 2020, agora puro sangue, ou seja, com os dois integrantes do mesmo partido.
Oriunda de Irajuba, radicada em Jaguaquara desde 1979, quando chegou para concluir os estudos, casando-se em 1984, com Franco Di Domizio (in memorian), Edione é casada com o produtor rural Benito Agostinone, mãe de dois filhos, avó de duas netas e ingressou na política local em 2013, exercendo a função de Diretora do Departamento de Segurança Alimentar, nomeada em 2017 pelo então prefeito Giuliano Martinelli (PP) para o cargo de secretária de Desenvolvimento Social, permanecendo até 2020, quando se licenciou para representar o grupo governista na disputa sucessória à época e venceu o pleito por uma diferença de 58 votos para o segundo colocado nas eleições, Raimundo do Caldo (PSD).
Logo primeiro ano do mandato, deu sinais prévios de fragilidade da gestão, que além de representar o continuísmo de membros das gestões anteriores herdava problemas deixados pelo antecessor, inclusive dívidas previdenciárias que lhe obrigaram a demitir servidores e enfrentou uma enchente que deixou a cidade em situação de calamidade pública. Entretanto, demonstrou profunda mudança em comparação ao seu antecessor na relação com o Legislativo, onde tem maioria absoluta dos vereadores, 12 dos 15 parlamentares e com o Governo do Estado, que era conflituosa entre Martinelli e o governador Rui Costa (PT) e passou a cooptar relevantes obras. Em 2022, fez aposta de risco: mesmo filiada ao PP do então vice-governador João Leão, que selou união com ACM Neto (UB), optou por apoiar o candidato petista ao Governo, Jerônimo Rodrigues (PT), numa salada mista, dividindo o apoio entre o próprio Leão, que candidatou-se a deputado federal, Hassan, do PP, para estadual, indicado pelo então presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), Cacá Leão (PP), adversário do candidato do Governo ao Senado, Otto Alencar (PSD), e defendeu a candidatura de Lula (PT) a presidente. Resultado? Todos os candidatos apoiados pela mulher saíram majoritários das urnas e a prefeita conquistou a confiança do Governo, que abriu as portas para Edione e lhe convenceu a trocar o Progressistas pelo Partido dos Trabalhadores. Agora, a prefeita, que é formada em Assistência Social e tem 57 anos vai enfrentar o mesmo adversário de 2020, o ex-vereador Raimundo do Caldo, do PSD, que terá a inglória missão de tentar reverter o amplo favoritismo de Agostione.