Raimundo do Caldo virou candidato oficial do PSD à Prefeitura de Jaguaquara, depois das tentativas frustradas do governador Jerônimo Rodrigues (PT) de união da base no maior colégio eleitoral do Vale do Jiquiriçá, com 36.010 eleitores aptos a votar. O ex-vereador vai enfrentar o sistema, num cenário visivelmente diferente do passado. Em 2020, o acirramento da disputa entre o então vereador Raimundo e a atual prefeita e pré-candidata à reeleição Edione Agostinone, agora no PT, mobilizou a população, que se dividiu nas ruas e nas urnas, numa eleição emblemática que terminou com Edione eleita com 58 votos de diferença.
Agora, com a ausência de muitos dos aliados do passado, logo em sua convenção, inclusive o ex-prefeito Ademir Moreira, Raimundo vai disputar novamente com Lôra, como vem sendo classificada pelos apoiadores, que além de bem avaliada vem apadrinhada por Jerônimo e Rui Costa (PT), estes que, sem êxito nas tentativas de união, já que a prefeita bateu o pé e não abriu mão do atual vice-prefeito na chapa, o Nei Cabeludo, não deixarão de ser PT para priorizar Raimundo, que em 2022 entrou na barca e chegou a dividir o mesmo palanque com a prefeita em apoio a Jerônimo na disputadíssima campanha para o Governo do Estado.
Em convenção realizada neste domingo, na Câmara de Vereadores, Raimundo teve o nome homologado numa aliança do PSD com União Brasil, MDB, Podemos e surpreendeu ao apresentar um neófito na política local, o comerciante Marilon, do ramo de vende de pneus de veículos, que aceitou o convite e vai topar o desafio de confrontar com a máquina pública, que não perde eleição no município há duas décadas. Mas, como no jogo, que só termina com o apito final, a eleição só terá o resultado com o abrir das urnas.