O ex-prefeito de Jaguaquara, Ademir Moreira, confirmou o que já vinha sendo ventilado nos bastidores da política local: o seu afastamento das eleições municipais 2024, depois de muito tempo de protagonismo no município. Em entrevista à Rádio Povo, Moreira relembrou as emblemáticas sucessões de 2012, quando prefeito da cidade lançou o então produtor rural Giuliano Martinelli pelo PP, eleito com pouco mais de 600 votos contra o empresário Ricardo Leal, do PT, e a de 2020, ocasião em que, mesmo fora do poder, se infiltrou na campanha do então presidente da Câmara, Raimundo do Caldo, PSD, derrotado pela atual prefeita por apenas 58 votos de diferença, uma derrota que muitos ainda não conseguem digerir.
Ao explicar o motivo do seu afastamento, Ademir apresentou dois argumentos: a recusa de Raimundo, que segundo o ex-prefeito teria acatado sugestões do governador Jerônimo e do senador Otto Alencar de não ser vice de uma provável chapa com Ademir liderando e a falta de entendimento entre ambos para a próxima sucessão. Na entrevista, Ademir ainda fez elogios a prefeita Edione Agostinone (PT), que até pouco tempo era classificada por ele como autora da lei da mordaça na cidade, destacou a interferência da gestora junto ao Governo do Estado pela estadualização do Hospital de Jaguaquara e pela conclusão das obras de pavimentação da BA-545, que teriam se iniciado no Governo Jaques Wagner, quando o mesmo exercia o cargo de prefeito.
Os elogios a prefeita alimentam uma ilação nos meios políticos de uma aproximação de Ademir com a atual mandatária da maior cidade do Vale do Jiquiriçá. Até agora, a provável aliança não passa de dedução, mas se lá na frente for concretizada, não será nenhuma novidade, em se tratando de Ademir, um político com 66 anos, entrando na fase do ”que vier por vir é lucro”.
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