Em Jaguaquara, maior colégio eleitoral do Vale do Jiquiriçá, eleitores chegaram a desatinar a ponto de pensar que as eleições municipais de 2024 poderiam ocorrer sem disputa, com candidatura única, diante das informações de que a prefeita Edione Agostinone (PT) poderia ter como vice da sua chapa o adversário de 2020, o ex-vereador Raimundo do Caldo (PSD), possibilidade sustentada até pouco tempo atrás pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), que por vezes chegou a falar na imprensa da união da base no município, já que, ambos, a prefeita e o opositor de maior expressão, dividiram o palanque em apoio a sua candidatura na acirrada corrida pelo Palácio de Ondina em 2022.
No âmbito da política local, não se sabe por qual razão, mas não houve entendimento entre as partes e Edione decidiu pela manutenção do atual vice, Nei Cabeludo, repetindo a chapa governista. No entanto, Ângelo Coronel (PSD), diz que Raimundo não está só. Essa foi a expressão usada pelo senador da República durante encontro com integrantes da oposição em Jaguaquara nesta segunda-feira (03), em Salvador. ”Na eleição passada atropelaram ele, perdeu por cinquenta e poucos votos, mas agora não tem atropelo certo. Nós vamos para as urnas e Raimundo do Caldo será o próximo prefeito de Jaguaquara’’, disse o senador em vídeo publicado na rede social, relembrando a emblemática disputa sucessória de 2020, quando Edione venceu Raimundo por 58 votos de diferença. ”Raimundo não está só, está com o PSD e ninguém venha com esse discurso de que não é da base do governo, é da base sim. Então, as obras que o governo faz aí não tem que ter rótulo. Raimundo do Caldo ajudou a eleger o governo”, concluiu Coronel.
No encontro, também estavam presentes o deputado Alex da Piatã, os vereadores Dermeval Gama, Júnior da Kombi, Rodrigo e o ex-candidato a vice-prefeito da terceira via nas eleições passadas, líder comunitário do distrito Stela – Entroncamento, Zé de Lita.
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