Opinião: Duquinho, filho de Luís Eduardo, seria calo político para ACM Neto e trunfo para adversários

Adversários do grupo político do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, se regozijaram com a hipótese de que Luís Eduardo Magalhães Filho, mais conhecido como Duquinho, pudesse se lançar à profissão pela qual o pai dele, o ex-deputado federal Luís Eduardo Magalhães, é lembrado como um mestre. A lógica do dividir para conquistar é o que permeia esse sentimento que pareceu irradiar entre opositores ao que, no passado, se convencionou chamar de carlismo e hoje é muito menos do que um movimento como o liderado pelo patriarca da família Magalhães, o ex-senador falecido Antônio Carlos.

Duquinho nunca demonstrou qualquer afeição por seguir os passos eleitorais do pai, morto em 1998 quando era preparado para ser candidato ao governo da Bahia e com potencial para ser alçado futuramente ao Palácio do Planalto. Órfão de pai ainda muito jovem, preferiu ir para o ramo empresarial, onde ”nada de braçadas”, dado a rede de contatos e relacionamentos herdados do sobrenome. Coube ao primo ACM Neto, então, levar à frente o legado político da família – ainda que a contragosto do todo poderoso ACM. Esse foi o arranjo familiar construído ao longo de mais de 20 anos e que, por um espécie de ”despertar” do filho de Luís Eduardo, pode ser colocado à prova a partir de agora.