Com alta de 6,2% em janeiro, varejo baiano registra segundo maior crescimento do país com relação ano ano passado, aponta SEI

Com expansão de 6,2% no primeiro mês de 2024 em relação ao mês de dezembro do ano passado, o comércio varejista baiano obteve o segundo resultado mais expressivo entre os estados da federação, superior à taxa nacional (2,5%) e também o maior crescimento do varejo da Bahia desde 2017.

Os dados constam na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na comparação com o mês de janeiro do ano passado, a Bahia apresentou crescimento de  11,8%, terceira maior entre os estados, sendo o décimo quinto mês consecutivo no azul.

No Brasil, na mesma base de comparação, as vendas cresceram 4,1%. No acumulado dos últimos meses, as variações também foram positivas em 5,5%, âmbito estadual, e 1,8% no federal. Em janeiro, a alta verificada nas vendas reflete a amenização da pressão dos preços em setores ligados ao consumo, como os ramos de hiper e supermercados, combustíveis e lubrificantes e artigos farmacêuticos.

Já em relação a 2023, a expansão nas vendas do varejo em janeiro revela que o setor segue influenciado por fatores positivos como juros mais baixos, mercado de trabalho mais forte, transferências governamentais, inflação controlada e melhora do nível de endividamento. Por atividade, em janeiro de 2024, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de janeiro de 2023, revelam que sete dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo.

SETORES

O crescimento nas vendas foi verificado nos segmentos de:

  • Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (102,0%)
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (16,8%)
  • Combustíveis e lubrificantes (11,3%)
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,6%)
  • Móveis e eletrodomésticos (2,4%)
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,4%)
  • Tecidos, vestuário e calçados (0,3%)
  • Livros, jornais, revistas e papelaria (-33,3%) – sendo o único a registrar retração.

No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que as vendas de Hipermercados e supermercados, Móveis e Eletrodomésticos cresceram 18,1%, 3,9% e 1,2%, respectivamente.  Na série sem ajuste sazonal (comparação com janeiro de 2023), o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, Combustíveis e lubrificantes e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos exerceram as maiores influências positivas para o setor.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo segmento de maior peso para o indicador de volume de vendas do comércio varejista manteve crescimento nas vendas pelo oitavo mês consecutivo. Esse comportamento é influenciado pela menor pressão dos preços e aumento da massa real de rendimento.

Combustíveis e lubrificantes volta a registrou o segundo melhor desempenho no mês analisado. O seu comportamento foi influenciado pela queda verificada nos preços dos combustíveis, principalmente para os preços da gasolina que registrou deflação de -0,93% de acordo com o IPCA de janeiro.

O terceiro a influenciar as vendas do setor foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. O seu desempenho decorre da fraca base de comparação, uma vez que em igual mês do ano passado a taxa foi negativa em -8,0%.