Além da maior festa de rua do planeta realizada nos circuitos oficiais, palcos, bairros e ilhas, Salvador oferta aos turistas a possibilidade de mergulhar na cultura da Bahia, através de visitas à Casa do Carnaval, a Cidade da Música, a Casa do Rio Vermelho, a Galeria Mercado e a Casa das Histórias de Salvador. Todos os equipamentos seguem abertos durante o Carnaval e têm recebido movimento expressivo de visitantes.
De acordo dados da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), somente entre quinta-feira (8) e domingo (11), cerca de 3 mil pessoas visitaram os cinco equipamentos culturais. Deles, o mais buscado foi a Galeria Mercado, que registrou mais de 1,2 mil pessoas, seguida pela Casa das Histórias, com 932 visitantes.
Mesmo curtindo o Carnaval nos circuitos oficiais, o cônsul da França no Nordeste, Serge Gas, fez questão de conhecer a Casa da Música, no Comércio. Nesta terça-feira (13), antes de ir à folia, no Campo Grande, esteve no equipamento cultural, gerido pela Secult, e ficou encantado com o que viu. “Tem uma Casa da Música em Paris, mas essa aqui consegue ser muito melhor. Apenas 1h para visitar é pouco, passaria horas e horas aqui me divertindo”, disse enquanto circulava entre os três pavimentos da casa.
Na Galeria Mercado, que foi entregue recentemente pela Prefeitura e funciona no subsolo do Mercado Modelo, baianos e turistas aguardavam ansiosos para conhecer o espaço. A bordo de um navio de cruzeiro que aportou na capital baiana, nesta terça-feira (13), a médica Daniela Schenkel, 40 anos, e o empresário Marcelo Moschetta, 44 anos, aproveitaram a parada rápida para visitar a Galeria. A participação no Carnaval não faz parte da programação do casal que fica em solo baiano apenas por apenas cinco horas.
”Queremos mesmo conhecer os pontos turísticos que ficam aqui pertinho do Porto, porque daqui a pouquinho nosso navio segue viagem”, disse a médica que já esteve em Salvador outras três vezes. Baianos que ainda não conhecem o local também aproveitam o Carnaval para fazer o passeio. Casada com um português, a baiana e psicóloga Lígia Lopes, 43 anos, estava ansiosa para visitar a Galeria. ”A gente gosta de fazer um tour alternativo no período do Carnaval, visitar museus, parques, praias e curtir um tantinho da folia. Daqui mesmo vamos dar um pulo no Campo Grande”, disse.
Além da Cidade da Música e Galeria Mercado, turistas e baianos visitam também a Casa do Rio Vermelho, Casa do Carnaval e a Casa das Histórias. Os espaços ficam abertos durante o período da festa, em horário especial, até porque ficam nos circuitos ou em regiões próximas.
O secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, destacou que o Carnaval é o maior momento turístico da cidade. Ele conta que este é o segundo ano em que os equipamentos funcionam no período do Carnaval. ”A gente resolveu abrir os equipamentos em horários menores por conta do trânsito e tivemos um grande sucesso, tem muita gente visitando os equipamentos, muitos turistas que estão aqui não só para sair no Carnaval, mas também para conhecer a cidade também”, disse.
Ele avaliou que os equipamentos têm potencial de receber ainda mais visitantes durante o Carnaval. ”A gente está no segundo ano. Claramente a gente está criando essa cultura, de que, sim, Carnaval também é época de viver a cultura da cidade”, salientou.