Deputado Leur Lomanto Jr. comenta sobre instauração da CPI das Apostas: ”Que se proponha leis mais rigorosas”

Leur Lomanto Jr. (União) se posicionou favorável à CPI. Foto: Reprodução

O deputado federal Leur Lomanto Jr. (União) se posicionou favorável a implementação da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para investigar as manipulações de resultado no futebol brasileiro. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta terça-feira (17), o parlamentar alertou que, apesar do caso ter repercutido recentemente, a manipulação dos jogos ocorrem há mais tempo. Leur é presidente da Associação Desportiva Jequié, que disputa a série B do Campeonato Baiano (ADJ).

”É muito importante para ser esclarecido o que tenho chamado de crise do futebol brasileiro. Essas denúncias estão vindo à tona agora, mas há muito tempo que a gente ouve falar de manipulação de resultados. Essa CPI terá que fazer todos os esclarecimentos para que se chegue em um denominador comum para que se puna e se proponha leis mais rigorosas para solucionar todos esses problemas”, afirmou Leur.

OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA

A Operação Penalidade Máxima segue revelando os jogadores envolvidos no escândalo de manipulação de apostas. Provas mostram uma série de atletas da Séries A e B do Brasileirão como Alef Manga, do Coritiba, Maurício, do Internacional, Nathan, do Grêmio, entre outros.

Também aparecem nas investigações do Ministério Público de Goiás os nomes de Bruno Lopez de Moura, o ”BL”, apontado como chefe do esquema, e Thiago Chambó, identificado “TC CH”, um dos principais financiadores do grupo.

Apesar de citados, os jogadores desta lista não estão sendo necessariamente investigados, denunciados ou suspeitos. As investigações posteriores cabem ao próprio Ministério Público de Goiás e demais autoridades correlatas.

Confira os jogadores recentemente citados:

Alef Manga (Coritiba), Diego Porfírio (ex-Coritiba, hoje no Guarani) e Bryan García (Athletico) foram citados por apostadores como ”confirmados” em uma aposta múltipla realizada em setembro de 2022;

Max Alves (Colorado Rapids-EUA), Leonardo Realpe (RB Bragantino) e Rafael Vaz (ex-Avaí, hoje no São Bernardo). Esses jogadores aparecem citados por Bruno Lopez, chefe do esquema, como ”mais ou menos certos” para combinação de jogos num fim de semana de outubro de 2022;

Thonny Anderson (ex-Coritiba, hoje na Ferroviária) e Jesus Trindade (Coritiba). Nesta troca de mensagens, Jesus Trindade aparece como ”fechado” e Thonny Anderson é mencionado como quem cooptaria o então companheiro de time.

Maurício (Internacional), Auremir (ex-Goiás, hoje no CRB), Sidcley (ex-Cuiabá, hoje no CSKA Sofia-BUL) aparecem como nomes ”confirmados” em conversa entre os apostadores em lista separada a de nomes que constam como ”confirmados e pagos”. ”Off total nos nomes aí rapaziada”, pede Bruno Lopez.

A primeira denúncia da Operação Penalidade Máxima aconteceu no início de fevereiro após o presidente do Vila Nova-GO, Hugo Jorge Bravo, descobrir um esquema dentro do clube e levar ao Ministério Público de Goiás (MP-GO).

Na última terça-feira (9) a Justiça aceitou a denúncia do MP-GO e 16 investigados, sendo sete jogadores, se tornam réus. Entre os atletas estão Eduardo Bauermann, Fernando Neto, Gabriel Tota, Igor Cariús, Matheus Gomes, Paulo Miranda e Victor Ramos. Os demais acusados são apostadores ou membros do grupo responsável pelas manipulações. Confira o resumo aqui.