Um estudo feito na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas de um dos grupos sanguíneos do tipo A correm maior risco de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) antes dos 60 anos quando comparadas às de outros tipos sanguíneos.
A pesquisa publicada na revista Neurology, na última quarta-feira (31/8), analisou dados de 48 estudos genéticos anteriores e informações de 16 mil pessoas que sofreram derrame em algum momento da vida e outros 600 mil participantes saudáveis.
O sistema ABO compõe os tipos sanguíneos A, B, AB e O. Dentro dos grupos, há variações decorrentes de mutações nos genes responsáveis por definir o tipo sanguíneo. Os cientistas já haviam descoberto dois locais no genoma que estão mais associados ao risco de AVC e um desses locais coincide com a região onde estão os genes que definem o tipo sanguíneo.
No cruzamento de dados, a equipe observou que as pessoas com tipo sanguíneo A1 tinham 16% mais chances de sofrer um derrame antes dos 60 anos. As pessoas com sangue tipo B eram 11% mais propensas a sofrer um derrame e, entre os participantes que tinham o tipo sanguíneo O1, o risco foi 12% menor.
Os pesquisadores ainda não sabem o que faz esse risco aumentar, mas acreditam que há uma relação com fatores de coagulação do sangue como as plaquetas e as células que revestem os vasos sanguíneos.
O principal autor da pesquisa, o neurologista vascular Steven Kittner, acrescenta que o “risco adicional” de AVC em pessoas com sangue do tipo A é pequeno, indicando que não há necessidade de triagem extra nas pessoas desse grupo.
”Nós claramente precisamos de mais estudos de acompanhamento para esclarecer os mecanismos do aumento do risco de acidente vascular cerebral”, disse Kittner no estudo. As informações são do Metrópoles.