O prefeito da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, de 53 anos, sofreu um atentado a tiros quando saía da Prefeitura na tarde desta terça-feira (17). Acevedo foi levado em estado grave para um hospital da cidade, que é vizinha a Ponta Porã (MS), região de fronteira com o Brasil. O político foi atingido por três tiros de pistola 9 mm. O atirador fugiu a pé. Policiais e membros do Ministério Público do Paraguai foram ao local e investigam o caso. Até o fim da tarde, não havia informação sobre o estado de saúde do gestor.
De acordo com as primeiras informações, Acevedo tinha participado de uma reunião na prefeitura e deixou o prédio para se dirigir ao Palácio da Justiça, que fica próximo. Ele estava desacompanhado de seguranças e conversava com um jornalista quando foi surpreendido pelo atirador. A polícia paraguaia requisitou imagens de duas câmeras localizadas próximas do local do atentado.
Empresário, José Carlos Acevedo cumpre o segundo mandato consecutivo, após ser reeleito nas eleições de outubro do ano passado.
O prefeito é irmão do governador de Amambay, Ronald Acevedo, que teve uma filha assassinada junto com duas estudantes de medicina brasileiras na chacina de outubro de 2021, quando quatro pessoas foram mortas com mais de 100 tiros. Na época, José Carlos acusou a polícia paraguaia de estar retardando as investigações e encobrindo o mandante do crime. Essa região da fronteira entre Brasil e Paraguai vive um clima de extrema violência desde que facções criminosas brasileiras passaram a disputar as rotas do tráfico de armas e drogas.
Pouco antes do atentado contra o prefeito, dois homens foram executados em um posto de combustível, na linha internacional que separa as cidades de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã. As vítimas estavam em um carro quando um pistoleiro desceu de uma moto e fez os disparos. Os dois homens, identificados como Denis Gabriel Pereira, de 33 anos, e Luis Enrique Arguello Meza, de 27, foram atingidos por vários disparos e morreram no interior do automóvel. Eles tinham passagens por homicídio e tentativa de homicídio. A polícia vai analisar imagens de câmeras de segurança.
Com informações do Estadão Conteúdo