Pouco menos de um ano após o governo baixar o decreto que tornou obrigatório o uso de máscaras em todo o estado, a Bahia anunciou nesta segunda-feira (11) a ampliação da flexibilização do item de proteção nos ambientes fechados. Mas qual era o cenário epidemiológico da Covid-19 quando a política foi implementada pelo governo estadual?
Em 29 de abril de 2020, o Diário Oficial do Estado (DOE) trazia a infomação de que a Bahia passaria a adotar as máscaras como uma das medidas de prevenção da pandemia do novo coronavírus em locais abertos. Desde o dia 14 daquele mês o equipamento já era obrigatório em ambientes comerciais, indústrias, transportes e em outros espaços coletivos.
Até aquele dia, 2460 casos tinham sido confirmados laboratorialmente e 216 pelo critério clínico-epidemiológico – totalizando 2.676 pessoas com resultado positivo em 134 municípios. Ilhéus, seguida por Uruçuca, Itabuna, Coaraci e Salvador eram os municípios com maior incidência. A quantidade de casos ativos era de 2.012 e 564 estavam recuperados.
O boletim da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) contabilizava, naquela data, 14.306 notificações e 7.929 pessoas com resultado negativo para Covid-19. Estavam sob investigação 3.701 casos.
A taxa de ocupação de leitos era de 35% para leitos clínicos – 276 dos 785 disponíveis – e 43% dos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 137 das 318 vagas montadas exclusivamente para atender a demanda da crise sanitária.
O Laboratório Central de Análises Públicas (Lacen) havia realizado 17.236 exames de vírus respiratórios. Outros 2.201 estavam sob análise do órgão. O comunicado diário da secretaria evidenciou o boom no número de exames pendentes devido a realização de uma ação no sul do estado.
A marca de mortes em decorrência de complicações do coronavírus no dia 29 de abril era de 100 pessoas, em 22 municípios baianos. Cerca de 50% eram homens e a taxa de letalidade era de 9,73%.
A média de idade de vítimas da doença era de 67 anos, mas os dados mostravam uma variação de 25 a 97 anos. As pessoas com comorbidade representavam um percentual de 88%.
*por Bruno Leite / Bahia Notícias