Apesar do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) ter anunciado reajuste de 33,24% no piso dos professores da educação básica, os profissionais em vários municípios do Vale do Jiquiriçá podem ver uma correção salarial abaixo. Em Itiruçu, os professores da rede municipal, liderados pela APLB local saíram às ruas no último dia (16) reivindicando que a Prefeitura cumpra o piso anunciado.
Já a prefeita Lorena Di Gregório (PSD), em entrevista ao Blog Marcos Frahm nesta segunda-feira (21), disse que não será possível cumprir com o novo percentual e que, em reunião com a categoria, teria apresentado uma contraproposta, oferecendo 10,13%. ”A gente entende que o reajuste é importante para a categoria, mas infelizmente, hoje, se eu conceder esse reajuste vou está sangrando os cofres públicos e nós não vamos ter como fazer investimentos. Nós não estamos concedendo por não querer, é por não ter condições e cada município em sua realidade. Ofertamos 10,13%, o que a CNM até indica e é realmente o que o município pode. Não posso fazer algo que não consigo arcar”, ponderou.
O Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Vale do Jiquiriçá realizou, na última sexta-feira (18), na cidade de Brejões, um encontro presencial de prefeitos que integram os municípios do território de identidade, do qual Lorena participou e, na pauta, o reajuste salarial no piso do professores.
Para os gestores, o reajuste de 33,24%, anunciado pelo Governo Federal, é ”impraticável para a maioria das cidades”. Segundo o presidente da entidade e prefeito de Nova Itarana, Antonio Danilo, o CONVALE, em parceria com as prefeituras irá desenvolver, através de uma equipe técnica um estado para detalhar a realidade de cada cidade da região, pois de acordo com o líder do Consórcio, o reajuste de 33,24% gera um impacto gigantesco nas fianças e algumas prefeituras podem sofrer sérias dificuldades.