O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu o prazo de dois dias para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre um pedido para que ele seja investigado por suposta intimidação de servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A decisão do ministro veio após a análise de um requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que acionou o STF após o presidente defender em uma transmissão pela internet a divulgação dos nomes dos integrantes da Anvisa que aprovaram a utilização da vacina da Pfizer para crianças a partir de 5 anos.
Conforme divulgou o portal G1, além de Bolsonaro, o ministro do STF também determinou que o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, preste explicações sobre os fatos. O despacho foi assinado na última quarta-feira (22).
No requerimento, o senador Randolfe Rodrigues ainda afirma que Bolsonaro “fez questão de propalar aos quatro ventos que não concordava com a decisão técnica da Agência, inclusive ameaçando os profissionais, integrantes do corpo técnico do órgão, que votarem peja aprovação do uso da vacina no público infantil”.
Para ele, a intenção do presidente ”não é exatamente aquela mais alinhada à transparência no trato da coisa pública, mas a de constrangimento dos servidores e a de construção de um cenário de demérito à decisão da agência”.