A Justiça decidiu manter a prisão preventiva do médico Antônio Marcos Rêgo, suspeito de matar a ex-companheira e abandonar o corpo às margens da BR-116, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador.
A juíza titular da vara do júri também decidiu liberar os veículos utilizados na noite do crime. Antônio foi preso no dia 3 de setembro, após se apresentar à polícia, no Complexo de Delegacias do Sobradinho.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o médico teve o mandado de prisão preventiva cumprido. A solicitação havia sido feita ao Poder Judiciário e foi deferida durante o interrogatório dele.
Ele se apresentou na companhia do advogado e não quis conversar com a imprensa. A defesa informou que Antônio Marcos não nega, nem confessa participação no crime.
De acordo com a polícia, o suspeito viajou para o estado do Acre, onde nasceu, logo após o desparecimento da vítima. Na época, a perícia apontou marcas de sangue no veículo do médico. A defesa do suspeito disse que as marcas foram provocadas por uma luta corporal que teria acontecido entre ele e Gabriela.
A vítima, Gabriela Jardim, foi casada com o médico durante quatro anos e, de acordo com a polícia, testemunhas disseram que os dois viviam um relacionamento com animosidades. Segundo a delegada responsável pela investigações, Klaudine Passos, houve relatos de agressões.
Câmeras de segurança de um posto de combustível registraram os últimos momentos de Gabriela com vida. Pelas imagens, é possível ver o carro de Antônio Marcos chegando ao local, por volta das 18h do dia 22 de agosto, mesmo dia em que a mulher foi dada como desaparecida.
Minutos depois, o automóvel de Gabriela se aproxima da bomba de combustível ao lado. Antônio Marcos desce do veículo, vai ao encontro da mulher e dá algumas orientações. Em seguida, ela estaciona o próprio carro e entra no do ex. Dentro do veículo, os dois aparentam ter tido uma discussão.
Gabriela foi encontrada morta em estado avançado de decomposição no dia 28 de agosto, às margens da BR-116, em Feira de Santana, após seis dias de desaparecimento e a polícia receber denúncias anônimas. Ela foi achada sem as roupas, da cintura para cima.
Segundo a delegada que está à frente do caso, Klaudine Passos, testemunhas relataram ter visto a vítima chorando no posto de combustível. O carro da mulher foi encontrado abandonado no local, com todos os pertences dela.
Ainda segundo a delegada, eles saíram do posto e foram até um estabelecimento na Avenida Fraga Maia. Posteriormente, o carro do suspeito foi visto na BR-116, por volta das 2h.
A principal linha de investigação é que o crime tenha sido praticado por ciúmes. O advogado do médico, Guga Leal, negou a participação do cliente no crime. Com informações do G1