Wallace Landim, líder da greve dos caminhoneiros em 2018, defendeu a paralisação prevista para o dia 1º de novembro.
Chorão, como é conhecido, declarou em entrevista ao Metrópoles, que a situação está pior do que no governo Michel Temer (MDB) e que a proposta de fixação do ICMS dos combustíveis é uma ”transferência de responsabilidade”.
Presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Landin acusou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de ser ”negacionista” em relação às demandas dos caminhoneiros.
”Fazemos reivindicações da categoria há três anos, e o governo não fez nada. A categoria está no limite”, disse.
Segundo Chorão, o objetivo da greve é ”lutar pela nossa sobrevivência, porque temos a informação de que a gasolina ia subir mais 8% até dezembro. Eles [o governo] não estão preocupados com o trabalhador, são negacionistas”.
Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou projeto que muda o cálculo da tributação, na tentativa de reduzir os custos da gasolina e do diesel. A proposta, que agora corre no Senado, determina que o ICMS cobrado em cada estado será calculado com base no preço médio dos combustíveis nos dois anos anteriores.
O presidente Arthur Lira (PP-AL) chegou a afirmar que a Casa não está contra os governadores, ”mas sim a favor dos governados”.
“O povo que nos elegeu, brasileiros que sofrem com a inflação e desemprego e que precisam agora desse apoio , como precisaram ano passado do auxílio emergencial”, afirmou Lira por meio de suas redes sociais.