A Petrobras negou que haverá mudança na política de preços da estatal e admitiu que os valores dos combustíveis podem ser elevados para corrigir a defasagem atual.
A afirmação foi horas após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que havia se reunido com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para discutir formas de diminuir o preço dos combustíveis.
Durante a entrevista, o presidente Silva e Luna repetiu que a empresa ainda segue a paridade internacional, mas não repassa volatilidades pontuais do cenário externo ao consumidor brasileiro.
Já o diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella, reconheceu que há hoje defasagem e disse que a empresa avalia aumentos.
”Pontualmente, os preços estão sim defasados, o que significa que estamos avaliando ajuste dos preços”, disse.
Segundo estimativa da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o litro do diesel é vendido no Brasil R$ 0,46 mais barato do que a paridade de importação, conceito que estima quanto custaria para trazer o produto do exterior. No caso da gasolina, a diferença seria de R$ 0,31 por litro.
“Começo afirmando que não há nenhuma mudança da Petrobras (…) Continuamos trabalhando da forma que sempre trabalhamos”, completou Silva e Luna, ao defender que uma Petrobras forte consegue dar maior contribuição ao país.