O Ministério da Saúde deve rescindir o contrato para a compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. O anúncio depende apenas da conclusão das análises jurídicas necessárias. A rescisão ocorre sob o argumento de que o imunizante não conseguiu obter a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A necessidade de aprovação consta como uma das exigências do contrato, que teve a empresa União Química como intermediária.
A Anvisa autorizou apenas a importação excepcional de um volume reduzido de doses da vacina. A aprovação, dada em 4 de julho, foi reduzida por conta da falta de informações que garantissem a segurança e a eficácia da Sputnik V. Os lotes ainda necessitariam de aprovação de cada lote pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). As aplicações ainda deveriam, segundo as determinações, ser acompanhadas de perto e o imunizante só poderia ser aplicado em pessoas jovens e sem comorbidades poderiam receber o imunizante.
Segundo o Ministério, a oferta de vacinas de outros laboratórios está mais farta, o que também favoreceria a possibilidade de cancelamento do contrato russo. A pasta da saúde estima a chegada de cerca de 80 milhões de doses somente no mês de agosto e pretende concluir a vacinação dos maiores de 18 anos até novembro.