Diante da grande visibilidade que ganhou durante a condução da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) na pandemia da Covid-19, o nome de Fábio Vilas-Boas tem estado no centro de especulações sobre a possibilidade de uma candidatura em 2022. O próprio secretário reconhece como natural essas teorias e conjecturas. Ele ainda não admite que vai pleitear um cargo eletivo nas eleições do ano que vem, mas também não nega ou afasta a possibilidade.
O secretário tem a seu favor, além do longo período no comando da Sesab, um grande capital político adquirido com o enfrentamento da pandemia da Covid-19. A crise sanitária, que impactou a vida das pessoas de tantas formas, deve ser um fator determinante também nas eleições do ano que vem, na avaliação de especialistas.
O cientista político e professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Cláudio André Souza, acredita que se o período eleitoral de 2018 foi marcado pela ascensão de figuras ligadas a segurança, o de 2022 será pelos personagens ligados à Saúde e ao enfrentamento da Covid-19. Em se tratando de eleição, a pandemia pode acabar sendo uma espécie de atalho para os gestores da saúde decolarem na carreira política.
De acordo com Vilas-Boas, ele entrou na política como técnico, a convite do governador Rui Costa (PT), e não com objetivo eleitoral. Mas reconheceu que no momento oportuno vai conversar com Rui para definir a entrada na vida política partidária.
O titular da Saúde baiana não é sequer filiado a um partido político, mas não por falta de convite. ”Os convites sempre aparecem, de vários partidos, e fico honrado com eles, o que demonstra o reconhecimento do trabalho que vem sendo executado na Secretaria da Saúde da Bahia”, confessou.
O nome do secretário chegou a ser ventilado como pré-candidato à prefeitura de Salvador antes das eleições municipais de 2020. Na época ele negava ter intenções de se candidatar a um cargo eletivo. *por Jade Coelho/BN