O agravamento da violência durante os protestos na Colômbia contra um projeto de reforma tributária causou a morte de 19 pessoas, de acordo com a Defensoria do Povo, órgão público de fiscalização do governo do país. Segundo a estimativa, divulgada na segunda-feira (3) pela pasta, mais de 800 pessoas ficaram feridas, e, conforme o jorna El País, 87 estão desaparecidas.
O balanço ainda mostrou que desse total de mortos, 18 eram civis e um era policial. Em outra contagem, o Ministério da Defesa apontou 846 pessoas feridas nas manifestações, 306 deles, civis. Os protestos foram iniciados em 28 de abril e, desde então, 431 colombianos foram presos. Os militares foram enviados para as cidades mais afetadas e, com isso, ONGs acusaram a polícia de atirar contra civis e agravar a situação da violência.
Para o ministro da Defesa, Diego Molano, os atos foram ”premeditados, organizados e financiados por grupos dissidentes das Farc”. Segundo ele, os apontados como culpados pela onda de violência se afastaram do acordo de paz assinado em 2016. Ele também acusa o ELN, a última guerrilha reconhecida na Colômbia, pelo aumento da violência.
Em meio aos protestos, o ministro da Fazenda Alberto Carrasquilla pediu renúncia do cargo. Em comunicado, ele informou que a continuidade dele no governo iria dificultar a construção rápida e eficiente dos consensos para decidir por uma nova proposta de reforma. Ele será substituído pelo atual ministro do Comércio, o economista José Manuel Restrepo.