Jaguaquara, no Vale do Jiquiriçá, voltou a ocupar o noticiário policial com ocorrências de crimes, deixando a população bastante apreensiva. O homicídio contra um jovem de 20 anos, na noite desta quinta-feira (15), elevou para 10 o número de crimes desta natureza em pouco mais de um mês, em diferentes pontos do Município, com exceção da área rural.
Desta feita, a vítima foi Eric Souza Durval, que estaria a bordo de uma moto Honda Pop de cor vermelha, encontrada distante cerca de 50 metros do local onde ele tombou morto, num campo de futebol, na localidade de Bela Vista, no bairro Casca.
A polícia presume que, Éric, morador do bairro Lagoa, teria sido chamado pelos atiradores e após perceber que seria morto tentou se livrar fugindo a pé, mas alcançado e alvejado com vários disparos de arma de fogo, lhe atingindo inclusive o crânio. O corpo foi removido por volta das 21h, após perícia no local realizada pela Polícia Técnica de Jequié, acompanhada da Polícia Militar e Guarda Municipal.
A hipótese de crime relacionado a tráfico de entorpecente não está descartada pela polícia. Momentos depois surgiram informações de que no distrito Stela Dubois – Entroncamento de Jaguaquara um homem havia sido alvejado com tiros e uma criança foi atingida, sendo as vítimas socorridas.
Os homicídios, a proliferação da droga, gerando guerra ao tráfico, acendem o sinal de alerta, pois Jaguaquara, ainda considerada pacata, observa essa, que é uma de suas principais características, se perder. Os casos são registrados em bairros populares, onde está a população carente, que busca entendimento para o que vem acontecendo e aguarda providências das autoridades locais para frear os delituosos, que parecem não se intimidar com a polícia, que além de realizar prisões e apreensões divulgou, na última semana, um número telefônico, canal pelo qual os moradores poderão enviar denúncias anônimas pelo WhatsApp.
Num período em que as pessoas se recolhem em suas casas cumprindo decreto para contenção de doença/Coronavírus, a sensação de medo e insegurança aumenta com a violência e a forma extremamente veloz da divulgação dos atos criminosos nas redes sociais, gerando ainda mais sofrimento para os familiares das vítimas, que independente das circunstâncias do crime, sentem a perda do ente querido.
Talvez, quem propaga na internet imagens de cadáveres de forma intencional não deve ter conhecimento de que também está cometendo delito, seja o indivíduo da mídia ou não. O vilipêndio de cadáveres é considerado crime contra o respeito aos mortos, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro.